Crédito de Carbono, Como funciona e o que é?
Você já ouviu, está na mídia, está na seção de negócios, mas afinal o que é?
A idéia de se criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima.
Então foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono. Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente.
Esse certificado é negociado no mercado internacional, onde a redução de gases do efeito estufa passa a ter um valor monetário para conter a poluição. Há diversos meios para consegui-lo, alguns exemplos são: reflorestamento; redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis; substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica), entre outras; aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários) para a produção de energia.
Algumas pessoas criticam esses certificados por entenderem que eles autorizam países e indústrias a poluir. E isso pode ser verdade, pois a intenção da criação desse certificado era organizar critérios de neutralização da emissão desses gases poluidores.
Agora imagine, a empresa AAA da Suécia não diminuiu a taxa de poluição nas cotas determinadas, e a empresa brasileira BBB conseguiu evitar e muito a emissão de gases, e agora tem Crédito de Carbono para vender.
O que acontece? A empresa Sueca compra o que a brasileira conseguiu guardar, e assim ela também consegue ficar dentro da cota estabelecida pelo seu país. Este credito é negociado no mercado internacional. Assim nasce um novo mercado, quase uma bolsa de valores. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) também são usados para diminuir as emissões.
Na Ecogerma 2009, ficou claro o interesse em apoiar empresas que teriam MDL, portanto com créditos de carbono para venda. (Guardei o cartão, mas não acho agora…)
Eu pra dizer a verdade, acho isso tudo interessante – como uma reinvenção da economia. Mas mudanças acontecem a passos lentos neste setor – acredito que o melhor que temos a fazer é a mudança nas nossas vidas diárias, consumir o mínimo possível, participar mais de economia solidárias, feiras de trocas ….
Na verdade, acho que a necessidade vai mais além – há uma necessidade urgente de repensarmos o que realmente precisamos viver de maneira mais simples, rever nossos valores e re aprender ser ao invés de ter ter e ter ….
Pra isso, te convido pra acessar mais as seções de ecologia pessoal e ecologia profunda.
Tudo interligado. Tudinho.